terça-feira, setembro 01, 2009

Depois de Montepuez e Mocímboa da Praia segue –se Milange: Qual a verdade sobre os factos?

A respeito das confrontações entre membros e simpatizantes da Frelimo e Renamo, no Jornal Nacional – T.V.M do dia 01 de Setembro, Édson Macuacua - da Frelimo e Fernando Mazanga disseram seguinte:
Edson Macuacua:
“ A Renamo não conseguiu reunir um número considerável da população em Milange, por isso pensou de que a Frelimo é que tinha criado aquela situação. Daí os seus membros foram invadir a sede do Partido Frelimo criando danos avultados. A sede do Partido Frelimo ficou parcialmente danificada. Até que o próprio lider da Renamo disparou um tiro num ar. Isso é inaceitável para um cidadão que pretende tornar-se Presidente da República”
Fernando Mazanga:
“Enquanto a caravana do Presidente da Renamo passava por uma zona de Milange, a Frelimo mandou crianças usando camisetes do Partido (Frelimo) e as quais começaram a vandalizar os membros e simpatizantes da Renamo. Face a isso os membros da Renamo prontamente reagiram, perseguiram os malfeitores até à sede da Frelimo. Da sede da Frelimo sairam pessoas disparando contra os membros e simpatizantes da Renamo.” O Sr. Mazanga não confirma se o Presidente da Renamo disparou um tiro no ar.
O Jornal Notícias do dia 02 de Setembro vem com o seguinte título:
Milange: Guardas de Dhlakama destroem sede da Frelimo
“QUATRO militantes da Frelimo em Milange, província da Zambézia, ficaram feridos, dos quais dois em estado grave, como consequência do vandalismo e actos de violência protagonizados segunda-feira por guardas do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, contra populares no mercado de Majaua. Informações em nosso poder dão conta de que da acção dos seguranças de Afonso Dhlakama, para além de feridos e destruição de produtos dos vendedores locais, também resultou na invasão e destruição da sede do partido no poder naquele ponto do país, numa acção em que o próprio líder da Renamo foi o autor de um tiro disparado ao ar, como sinal de ordem para o assalto”

Essa é uma verdadeira anedota mal contada. O que mais interessa os actores políticos é a propaganda política, ou seja, deturpar os factos para obter a opinião pública a seu favor. A situação é pior ainda quando é a própria imprensa que avança a deturpar os factos, pondo milhões de moçambicanos num abismo total. Porquê é que não podemos conviver pacificamente? Nessa história sempre cada um quer ser vítima perante a opinião pública. Ninguém está interesado no esclarecimento dos factos para fornecer à verdadde aos moçambicanos.

1 comentário:

Reflectindo disse...

"O que mais interessa os actores políticos é a propaganda política, ou seja, deturpar os factos para obter a opinião pública a seu favor. A situação é pior ainda quando é a própria imprensa que avança a deturpar os factos, pondo milhões de moçambicanos num abismo total. Porquê é que não podemos conviver pacificamente? Nessa história sempre cada um quer ser vítima perante a opinião pública. Ninguém está interessado no esclarecimento dos factos para fornecer à verdade aos moçambicanos."

Concordo plenamente contigo, os dois ex-movimentos de guerrilha conhecemos e as provas não faltam: Montepuez, Mocimboa da Praia, Mogincual, Aube, são exemplos. No caso de Montepuez, o malogrado Carlos Cardoso disse isso mesmo, a imprensa sobretudo, a maior do país deturpava os factos contando metade da história.

Vamos exigir a verdade!