quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Um novo partido politico em Moçambique – Será o fim da História?

Acompanhamos pelos meios de comunicação social e por todos o cantos de que está eminente a criação de um novo partido político em Moçambique. O novo partido, se for a surgir, será, provavelmente, liderado pelo actual presidente do município da Beira.

Na verdade Daviz Simango é um verdadeiro animal político. Ele mostrou isso ao vencer, por maioria convencente as eleições municipais na Beira. Escuso-me aqui de dizer que os senhores Manuel Pereira e Lourenço Bulha tiveram “ciúmes políticos” e “raivas diplomáticas contra este jovem visionário. Sem querer exagerar, esse jovem é do estilo e da geração da Obamania.

Nessa ideia de criação de um novo partido político há, obviamente, ideias divergentes e opiniões contraditórias. Uns preferem dizer que esse novo partido seguirá as linhas do PDD, que nos primeiros tempos soou bem, mas depois caiu no esquecimento. Outros acreditam que seja cedo demais para se criar o tal partido e que esse terá dificuldades para se estender e ser conhecido a nível nacional.

Mas, se formos a ver coisas num outro prisma, poderems acreditar que este novo partido é uma verdadeira inovação. Não será um clube de antigos camaradas frustrados pela Revolução e postos do lado negro da história. Acredito sim que seja um verdadeiro espaço de experiência e exercicio da Nova Democracia. Um espaço que congregará um meio mundo de pessoas com diversas origens e, claro, com motivações diferentes, desde que não sejam ambições desmedidas e avidez pelo poder.
Acredito ainda mais que é uma força política que conseguirá conquistar muitos intelectuais e jovens de diversas cores políticas.

Acreditemos que um novo Obama está a surgir em Moçambique. Essa é a história que ajudamos a construir e que um dia nos trará surpresas. Quem acreditaria que Hitler iria desaparecer? Não quero falar aqui de Mussolini na Itália, de Staline na Rússia, de Kamuzu Banda no Malawi e de tantos outros poderes terrestres declarados eternos.

Será este o fim da História, na fórmula de Fukuyama?

Paremos para ver.

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