Mais um Ministro tombou

Desta vez a má sorte caiu sobre Erasmo Muhate, recentemente nomeado Ministro em substituição de Tomás Mandlate também exonerado.

Por informação veiculada no jornal Magazine de 05 de Dezembro, dá conta de que o Ministro Muhate havia exonerado um bom número de Directores Nacionais, incluindo alguns que têm estado em frente da revolução verde. Não há, a prior nenhuma relação de causa e efeito, mas já há motivo para discussão a saber se exonerações deste tipo não serão prenúncio de mau tempo? Ou serão prenúncio de boa governação?

Na verdade, a ninguém agrada que haja troca de ministros. Pode ser que haja uma seriedade nisto. Mas a melhor seriedade seria indicar pessoas exactas em momentos exactos. Afinal, quem aconselha o Presidente da República a nomear pessoas que em pouco tempo são achadas inadequadas a o posto ou pelo menos incompetentes? Então o Presidente terá de pensar bem sobre os seus conselheiros. Melhor, talvez seria substituir os seus próprios conselheiros antes que a má sorte atinja os ministros. Talvez também melhor seria ainda que fosse exonerado o General Tobias Dai, quando morreram pessoas inocentes com as explosões de Malhazine.

Numa simples análise, já é tempo de os moçambicanos pensarem numa disposição constitucional que obrigue o Presidente a explicar-se perante o povo sobre actos políticos desta natureza. Se deixarmos que as coisas aconteçam sob mera conveniência política ou não, então sempre assistiremos este tipo de teatros.
Esta peça passou, mas não temos dúvidas que virá a outra dentro em breve. Aguardamos com ansiedade. Quem será a próxima vítima?